terça-feira, 27 de agosto de 2013

A Noção Herética da 'Superioridade Judaica'

homenspor Rabi Moshe Ben-Chaim

Maimonides (Rambam), uma dos maiores mentes mundiais, foi mais educado no pensamento de codificação da Torah do que qualquer rabi vivo hoje. Não é sem surpresa que Rabi Yosef Caro baseou muito do Shulchan Aruch nas posições de Rambam.
Maimonides louvou Aristóteles conforme atingisse o cume da perfeição intelectual. Ele não ofereceu seu louvor em relação a um Judeu. Assim nós desejamos saber: Alguns Judeus são injustos se consideram os gentios “humanos de segunda classe”? Maimonides foi correto em seu louvor a um gentio?
Tão freqüentemente nós escutamos o termo “alma Judaica” usado como uma expressão de arrogância Judaica desprovida de base. Outros, aceitam a crença que Deus literalmente soprou um “pedaço” de Si Mesmo no interior do homem, derivado de tais versículos como “e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida” (Gen. 2, 7) e “…Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou…” (ibid, 1:27).

Certamente Maimonides, Ramban, Rashi, Unkelos e virtualmente todos os outros principais rabis consideravam tais antropomorfismos falsos e heréticos, e assim nós devemos, portanto, entender inteiramente o porquê desses gênios reinterpretarem aqueles versículos – e por isso devemos adotar essas verdades para nós mesmos.
Maimonides ensina que, posto que Deus não é física, Ele não possui qualidades físicas (13 Princípios; Princípio III; Yesodei HaTorah 1:7). Todos os rabis concordam – Deus não tem “partes”; assim, metáforas como o “tzelem Elokim” (“figura de Deus”) plantado no homem deve ser entendido como simplesmente indicando o mais alto status que humanos gozam sobre todas as criações.

Deus anexou Seu nome à expressão “tzelem Elokim” para enfatizar o grande potencial de nossas almas. Porque somente com nossas almas podemos aprender sobre Deus. Mas de nenhum modo Deus pode ter partes, e, portanto, a tentativa do homem de abandonar a responsabilidade por sentir Deus “dentro” de si é falácia. (Essa visão panteística levou os Judeus a acreditarem que Deus existia mesmo no interior do pecado, assim como outros absurdos.)
Ironicamente, os Judeus reclamando almas Judaicas “superiores” se auto-contradizem, posto que eles derivam sua visão dos versículos citados acima – que endereçam ao “gentio” Adam Harishon.
A eleição de Deus da convertida Ruth como a precursora de nosso futuro Messias e dos Reis David e Salomão claramente nos ensina que Deus encontra não nenhum favorito entre o Judeu. Em verdade, Deus criou o homem somente uma vez, e todos os homens são diretos descendentes daquele primeiro casal gentio. Deus nunca recriou o homem ou a alma, dando ao Judeu algum tipo de novo e aperfeiçoado modelo.

Nós todos compartilhamos do mesmo exato desenho e potencial. Foi somente devido aos pecados de idolatria da humanidade do estilo de vida monoteístico de Abraão que Deus elegeu Abraão e seus filhos a receberem e guardarem a Torah…para toda humanidade. O plano de Deus era, e permanece que “Todos os filhos de carne chamam Seu nome.” (reza Alenu) Além disso, posto que Deus planejou dar Sua Torah aos descendentes dos Gentios, isso significa que os gentios são totalmente capazes de praticar a instrução de Deus e obter a perfeição Torânica. O Judeu nascido não tem vantagem.
Não é o recebimento da Torah que torna os homens perfeitos, mas nossa aderência aos seus mandamentos – e isso se aplica tanto ao Judeu quanto ao gentio. A perfeição humana não é um direito inato Judaico, mas uma realização humana, disponível a todas as criaturas de Deus.

Se um gentio é sábio, ele amará a Torah conforme faz um Judeu com discernimento, e ele aceitará mais do que suas meras sete leis de Noé. Ele verá que os mandamentos de Deus tornam um homem perfeito, e ele desejará participará nesse terreno. Os conversos Gentios por toda a história mostraram-se como os membros mais sábios de suas culturas – e nossas – com muitos se tornando grandes líderes Judeus.
Aqueles sete mandamentos são não um limite para o gentio ou, como alguns dizem, “seu” sistema. As leis de Noé são os limites essenciais que designam um ser humano a reter seu direito à vida. As leis de Noé são um ponto de partida preferível a uma destinação exaltada. Posto que o gentio é diferente do Judeu, ele também beneficia-se da igualdade aderindo aos mandamentos da Torah, conforme ensina a Torah: “Uma mesma lei e uma mesma ordenança haverá para vós e para o estrangeiro que peregrinar convosco.” (Num. 15 ,16, Ex. 12, 49) Isso prova que todos os humanos compartilham o desenho e potencial idênticos.
A visão que conversos sempre tinham alguma “centelha” Judaica é igualmente arrogante e sem base. Todo o Talmud significa means by “futuros Judeus e futuros conversos são também parte do pacto” (Shavuos 39a) é que qualquer pessoa que vê a verdade da Torah é “como se” ele ou ela testemunhasse a Revelação, que prova a Torah além de toda dúvida. Da mesma forma que aqueles testemunhando o Sinai perderam toda dúvida da existência de Deus e da natureza Divina do Judaísmo, aqueles que hoje percebem essa verdade são “como se” eles também colocassem o pé no Sinai. Igualmente verdade: um Judeu hoje que abandona a Torah é “como se” ele não esteve no Sinai.

Abraão não era mais Judeu do que os habitantes pecaminosos de Sodoma que foram aniquilados por Deus. Mas a diferença de Abraão estava em seu uso de seu tzelem Elokim, libertando-se através unicamente da razão de uma juventude idólatra e descobrindo e ensinando o monoteísmo a seus companheiros. Ele via todos os homens como iguais expressões da vontade divina. Todos os homens são criados iguais.
Abraão foi um profeta, e mais perfeito do que qualquer um vivo hoje, os Judeus – mesmo os rabis – incluídos. Ele não nasceu Judeu, todavia Deus o amou. O Talmud (Sanhedrin 59a) declara: “Um gentio que estuda a Torah é parecido a um Alto Sacerdote.” E o profeta Isaías 2, 2 ensina que em tempos messiânicos os gentios literalmente correrão para Jerusalém para aprender a Torah.
Mas os gentios não podem simplesmente acordar um dia e desejarem a Torah – e portanto Mashiach não pode chegar – se os Judeus esconderem a Torah dos gentios proclamando aceitação de outras religiões. Não, isso ilude os gentios em acreditar que nós vemos suas religiões em paridade com a Torah.

A Torah ensina, “De uma falsa matéria distancie-se” (Êxodo 23, 7). Então, nós devemos ser honestos e claros: o Judaísmo vê todas as outras religiões como impostoras, posto que nenhuma outra religião foi dada por Deus.
Isso explica por quê outras exigem fé, não prova como faz o Judaísmo. Nosso dogma central é que apenas o Judaísmo é divino, provado por testemunhas em massa no Sinai – a mesma maneira em que toda história é provada. Revelação a massa é ausente em todas as outras religiões, e isto é por quê nós não aceitamos afirmações sem base.
Se nós reconhecemos qualquer outra religião, nós violamos as palavras de Deus: “Não acrescente a ela [Torah] e não subtraia dela” (Deuteronômio 13, 1). Todas as outras religiões desafiam essa diretiva fundamental de Deus em sua adição ou subtração da lei da Torah.
Novamente, Deus disse, “Uma Torah…para vós e o converso.” Isso significa que nenhuma outra lei é aceitável, para qualquer pessoal.

Uma outra popular citação adulterada usada para apoiar a superioridade Judaica deriva de uma rude má leitura de Jó 31, 1-2: “Fiz pacto com os meus olhos; como, pois, os fixaria numa virgem? Pois que porção teria eu de Deus lá de cima, e que herança do Todo-Poderoso lá do alto?” Jó de foma justa se defende, reclamando que nunca observou uma mulher por qualquer outra razão que examinar suas qualidades para determinar se ela era uma noiva adequada para seus filhos. Porque observando mais além, será out of lust, e ele perderia sua porção da recompensa divina.
Mas muitos citam de forma adulterada esse versículo, isolando as palavras “porção de Deus de cima” (“chelek Elokim mima’al”) para significar que Deus colocou uma “parte de Si” no interior do homem: verdadeiramente uma inescusável corrupção da Torah. Isso é também uma clara negação de nossos maiores rabis, que expressam que tais crenças apropriam-se de nosso olam habá, nossa vida futura.
E isso tudo em nome do sentimento que como Judeus, nós somos os melhores? Desde quando ignorância e negação da Torah e rabis elevam a alma de alguém sobre o gentio?

Foi a humildade de Ruth que atraiu Boaz. Em verdade, a arrogância Judaica é o exato traço oposto de que Ruth, a conversa, expressou e que conseguiu para si o papel escolhido como ancestral de nossos grandes reis David e Salomão, e do Messias ben David.
Pense a respeito que – nossas preces diárias (Salmos), nossos maiores reis, e nosso iminente Messias são todos devidos à gentia Ruth. Deus não favorece uma pessoa simplesmente porque seus parentes são Judeus, porque isso não é mérito para um pecador. E Deus não nutre desdém pelo gentio, como nós vemos na escolha de Deus de Ruth, e no louvor de Maimonides de Aristóteles.
Deus não criou o gentio e o Judeu; Ele simplesmente criou o “homem e a mulher”. O “Judeu” não foi uma nova criação, mas simplesmente uma nova designação, fixada para o mesmo desenho original. Cada ser humano possui igual potencial para atingir a perfeição e o amor de Deus.

Podemos abandonar falsas ideias de superioridade Judaica e gratificação de ego, e trocá-las pela verdade humilde que Deus criou todo homem com uma alma por uma razão – e que Ele ama todas Suas criações igualmente.
“Uma Torah…para vós e o converso.”

Rabi Moshe Ben-Chaim é fundador do Mesora.org

sábado, 17 de agosto de 2013

A tribo de Efraim se unirá a tribo de Judá no Olam Rabah.

 

EFRAIM

Estão por ai, pelos grupos, no Facebook, espalhando postagens afirmando que somos antissemitas, cristãos, messingélicos, etc.
Esse, são pessoas que não conhecem a Toráh, já que fazem um julgamento injusto, sem pestanejar. Tudo pq nos declaramos ser membros da tribo de Efraim. Vcs não acham que seria pior estarmos nos declarando adeptos do judaísmo, sendo que nem a "carteirinha do clube" nós temos? Nos declaramos da tribo de Efraim pq é assim que nos sintimos, mas tenho consciência de que só teremos a certeza disso quando o Mashiach vier, se é que não já está entre nós.
Eu amo todo povo semita, incluindo aqui os árabes. o que eu odeio são a erev rav (multidão misturada), os edomitas que querem a qualquer custo se passar pot autênticos membros da tribo de Judá pra ditar regras para todos.
Estamos a espera de que as profecias messiânicas se cumpram, para que Mashiach ben Yossef e Mashiach Ben David ascendam as velas do Olam Rabah! Infelizmente, o papel dos servos da nachash (serpente) é atrasar os eventos.
E os que se declaram membros da tribo de Efraim, mas aceitam Jesus/yeshua/Yehoshua/... como o Mashiach, estão ignorando a missão que o povo de Efraim - verdadeiro - terá nos eventos do "dia de H'Shem"; esses tbm são servos da serpente, de uma maneira muito pior: INVOLUNTARIAMENTE.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Os Segredos de Rosh Hashaná

99% dos rabinos, líderes religiosos e judeus de todos os lugares do mundo não têm a menor idéia da verdade e propósito sobre Rosh Hashaná.

Hoje isso vai mudar.

A verdade e o segredo de todos os segredos sobre esta antiga “festividade” foram escondidos, e ficaram escondidos na antiga sabedoria da Kabbalah durante milhares de anos.

Ao longo da história, a maioria das rabinos nunca imaginou explorar a sabedoria da Kabbalah para descobrir esses segredos. Portanto, por milhares de anos, o Rosh Hashaná não conseguiu cumprir a promessa de renascimento espiritual, uma vida melhor, uma vida plena e paz no mundo para toda a humanidade.

… Até agora!

O que você está prestes a ler contém os segredos mais surpreendentes sobre Rosh Hashaná!

Por isso, leia devagar e leia tudo isso duas vezes. Há material aqui para iniciantes e há material aqui para estudantes avançados se você ler até o fim.

Vamos começar …

O PRIMEIRO EQUÍVOCO

Primeiro, Rosh Hashaná não é uma festividade para os judeus. É uma ferramenta e uma tecnologia que foi criada para beneficiar toda a humanidade, todas as nações e religiões.

Tradicionalmente, o Rosh Hashaná é conhecido como o “Ano Novo”. Ele também é entendido como uma época de julgamento, quando o Criador supostamente tem um acerto de contas sobre nossas ações que aconteceram no ano anterior.

Segundo a Kabbalah, essas duas representações de Rosh Hashaná são imprecisas.

A Kabbalah ensina que a Força a qual chamamos de Deus não preside sobre uma corte celestial, decidindo quem será perdoado e quem será punido. E você está pronto para ler isso – na verdade, Rosh Hashaná ocorre no sétimo mês do calendário hebraico, por issonão significa um novo ano.

E Rosh Hashaná não tem nada a ver com ser judeu! Como eu mencionei muitas vezes, a palavra “judeu” não existe na Torá ou no Zohar no contexto de religião. As pessoas que receberam a Torá de Moisés no Monte Sinai são os filhos de Israel, os israelitas

Então, que negócio é esse de Rosh Hashaná ser um “ano novo” e um tempo de “julgamento” para os judeus?

Vamos descobrir …

O TRIBUNAL DE CAUSA E EFEITO ESTÁ EM SESSÃO

A ciência pode nos oferecer algumas dicas sobre o verdadeiro significado de Rosh Hashaná. Um princípio da física afirma que para cada ação há uma reação igual. Para cada causa há um efeito.

Rosh Hashaná é construído sobre este fundamento – a lei universal de causa e efeito.

Embora possamos não estar cientes disso, quando nos comportamos de maneira desdenhosa, não civilizada ou rude, nós despertamos forças negativas. Quando enganamos, mentimos, roubamos, insultamos, ou prejudicamos outras pessoas, uma força de energia negativa surge e se materializa. Naturalmente, estas entidades e forças das trevas são invisíveis para nós e por isso continuamos a ignorar a sua existência. Isto é para o propósito do livre arbítrio.

Cada vez que perdemos nossa paciência, reagimos com raiva, ou perdemos a calma – puf! – criamos uma força real das trevas, um bloqueio que se agarra a nós. Pare só um minuto e pense em todos aqueles momentos em que você estava mal-humorado em relação ao ano passado.

Essas forças negativas são a causa invisível por trás de todas as coisas que apenas “acontecem” dando errado em nossas vidas.

Rosh Hashaná é a nossa oportunidade de enfrentar e combater toda a energia negativa e bloqueios despertados através de atos egoístas e reativos que cometemos durante o ano anterior. Neste momento especial, o ciclo espiritual do universo é estruturado de forma que as conseqüências de nossos erros descuidados, comportamento intolerante e palavras ofensivas voltam-se para nós com força total!

Agora, eis um conceito-chave: Estas repercussões de nossas próprias ações estão em julgamento diante de nós – não o Criador!

O tribunal de “Causa e Efeito” está em sessão. Pense nisso como um efeito bumerangue.

Cada palavra que falamos, cada ação que realizamos, cada ato que cometemos é outro bumerangue que atiramos para o cosmos. Em cada Rosh Hashaná esses milhões de bumerangues retornam em nossas vidas, sejam eles positivos ou negativos, todos voltam.

Deus-nunca-pune

Além disso, este efeito bumerangue, em Rosh Hashaná não é exclusivo para os israelitas. De acordo com os sábios kabalistas, a experiência de causa e efeito é compartilhada por toda a humanidade durante este tempo específico. Quando Deus disse aos israelitas para se tornarem uma Luz para todas as Nações, significa que nós deveríamos compartilhar esses segredos kabalísticos com todo o mundo, para que todas as nações e religiões pudessem evitar o julgamento, dor e sofrimento.

Vamos colocar tudo em termos ainda mais simples: A Kabbalah ensina que a realidade é como um espelho. Olhe no espelho e sorria, e a imagem sorri de volta. Se xingamos o espelho, imagem nos xinga de volta.

É assim que a vida funciona, quer percebamos ou não. Quando realizamos um ato negativo em nosso mundo, o “espelho cósmico” reflete a energia negativa de volta para nós durante o Rosh Hashaná.

Então, como você pode ver agora, o Criador nunca está nos julgando, e nós nunca somos obrigados a ficar na frente no julgamento do Criador.

Ah, você quer entender este conceito um pouco melhor? Ok, então continue a ler …

Crime e castigo

Deus não castiga.

Deus não dá recompensa.

Este, talvez, seja o maior equívoco das pessoas sobre o Criador.

Há apenas uma Força, uma fonte de energia Divina para todo o cosmos, assim como há apenas uma fonte de força elétrica fluindo em sua casa neste momento.

Esta Força é somente boa, positiva, infinitamente misericordiosa. A maioria das pessoas tendem a chamar esta força infinita de”Deus”.

Agora pensem nisso: a eletricidade enriquece sua vida fornecendo energia para todos os aparelhos de sua casa. Mas esta força mesmo também pode ser usada de maneira destrutiva. Enfiar o dedo em uma tomada de luz, e você pode morrer. Mas a natureza da eletricidade nunca mudou. Seria um absurdo dizer que a eletricidade “puniu” você.

Da mesma maneira, o Criador nunca nos pune. Nunca! Nunca Mesmo!

Nós mesmos escolhemos colocar o dedo na tomada elétrica através de conduta errada, consciente ou inconscientemente!

Nós sempre temos a livre escolha de como reagimos (ou agirmos de forma pró-ativa) para os desafios da vida. Alguma vez você já notou que quando sabemos que algo está errado, muitas vezes optamos por fazê-lo de qualquer maneira? Seja perdendo a calma, comendo em excesso, dormindo em excesso, excesso de trabalho ou reagindo em excesso aos obstáculos e desafios que a vida coloca no caminho, a gente sempre se sente obrigado a fazer o que sabemos que não deveríamos fazer.

Da mesma forma, você já notou que quando sabemos que algo é certo, correto, bom e benéfico para nós, abrimos mão pela opção negativa? Ou postergamos até esquecermos completamente?

Claro que você faz isso.

Você faz isso o tempo todo quando se trata de alimentação saudável, exercício físico, passando mais  tempo com sua família, tentando controlar seu temperamento, indo ao  dentista, não gritando com seus entes queridos, etc.

Quer saber? Nós temos a liberdade para exercer ações positivas ou negativas. A escolha é sempre nossa. Mas o que você pode não estar atento é para o fato de que há uma força escura e perigosa que constantemente tenta convencê-lo a escolher a ação negativa de forma incansável.

Vamos agora definir o conceito de atividade negativa, e por sua vez, ver como nós acidentalmente executamos delitos a cada dia em nossas vidas.

Crimes e Pecados

Atividades negativas podem se materializar tanto em escalas grandes quanto pequenas. Considere os “pecados” de assassinato, língua má e adultério:

Assassinato

Podemos matar alguém fisicamente, ou também podemos matar alguém emocionalmente e espiritualmente. Podemos matar o corpo físico, ou podemos também assassinar o caráter de uma pessoa (quem não gosta de fofocar sobre outras pessoas?). Podemos destruir os relacionamentos de alguém, ou podemos também arruinar o seu sustento quando os enganamos em um negócio.

A Kabbalah ensina que o pecado de “derramamento de sangue” não se limita à violência física. “Derramar sangue” também se refere à vergonha e constrangimento que causamos a outrem, obrigando o sangue a correr para os seus rostos pela humilhação quando brigamos ou humilhamos por causa de nossas próprias inseguranças e egoísmo.

Falar mal

Segundo a Kabbalah, qualquer forma de discurso desagradável ou fofoca – até mesmo sobre alguém que você nunca conheceu – é um dos crimes mais graves que uma pessoa pode cometer. Discurso tem enormes poderes. Quando falamos mal dos outros, não só prejudicamos suas vidas, mas também prejudicamos a nós mesmos e até mesmo o mundo inteiro.

Em Rosh Hashaná, nossas palavras prejudiciais voltam para nos assombrar!

língua-má

Você pode negar isso. Você pode contestar isso. Você pode viver em auto-negação. Mas descrença na lei da gravidade não vai impedi-lo de bater na calçada, se você pular de um arranha-céus.

Fala mal, é uma situação sem vitória. E pagamos por isso cada vez que fazemos isso. Talvez Karen Berg explica melhor quando ela afirma: “As pessoas devem estar mais preocupadas com o que sai de suas bocas do que o que entra em suas bocas.”

Adultério

O conceito de adultério não se limita a casos extraconjugais. Pode-se também cobiçar negócios de outra pessoa, seus filhos, ou seus bens materiais. Inveja e adultério ocorrem quando deixamos de apreciar por completo tudo o que temos. E esta falta de apreciação ocorre quando ganhamos nossos bens através de um comportamento egocêntrico. O momento em que você lançar o seu olho nos bens de outra pessoa, e fantasiar que são seus, ou sentir ciúme em seu coração, você cometeu uma forma de adultério.

Muito assustador hein? Muito difícil de admitir, não é?

UM APELO

Agora que entendemos que há repercussões reais associados com o nosso comportamento negativo, grandes e pequenos, podemos tentar pedir um perdão, ou procurar exoneração por ignorância da lei de causa e efeito.

Desculpe.

A ignorância da lei não é desculpa, e as leis naturais do universo não podem ser violadas sem consequências. Você não pode alegar ignorância da lei de eletricidade enquanto você está tocando um fio de tensão alta.

Mas não se desespere! É também uma lei espiritual do universo que, quando uma pessoa alcança uma mudança básica em sua própria natureza, o universo deve responder e refletir essa energia milagrosa de volta para nós. Podemos, então, usar essa energia para alterar nosso destino e desviar julgamentos.

A primeira coisa que devemos fazer para trazer a mudança é admitir que somos culpados. Você precisa aceitar a responsabilidade.

Você tem que se tornar responsável por suas ações – especialmente as que nem sequer tem consciência! (Isto é, talvez, a coisa mais difícil de fazer)

Mas você pode fazê-lo. Basta fechar os olhos agora e deixar ir. Admita. Pegue a responsabilidade. Pesquise dentro de si. Admita que egocentrista maníaco você é em vários momentos de sua vida!

Não se preocupe – nós ainda amamos você, incondicionalmente! Na verdade, você vai se surpreender como as pessoas realmente ficarão mais próximas de você quando você admitir todos os seus traços egocêntricos e de ciúmes. Eles começam a se sentir bem com você, por razões que nem sequer entendem. Quando você age com o ego, a “amizade” desses amigos é na verdade baseada em medo ou auto-interesse, ou outros ilusórios falsos pretextos. Portanto, não tenha medo de confessar e mostrar o seu lado vulnerável.

Agora, com todo o seu coração e alma, você deve fazer todos os esforços para mudar nossos caminhos durante a conexão de Rosh Hashaná.

Esta mudança interna começa com uma explosão poderosa e majestosa de um chifre!

O SEGREDO DO SHOFAR

Infelizmente, a maioria das pessoas associam o toque do shofar com a tradição.

É visto como uma atividade cerimonial. Um ato simbólico de comemoração.

Nada, mas nada, poderia estar mais longe da verdade.

Francamente, rituais e simbolismo tradicionais não oferecem nenhum benefício prático para a nossa existência moderna. Quem precisa deles? Quem se importa com eles?

Os kabalistas antigo concordavam piamente com isso.

E porque temos permanecido ignorantes quanto ao verdadeiro propósito do Shofar, seu efeito em nossas vidas tem sido insignificante. Dois mil anos de dor e sofrimento são a prova de que a dura verdade. Ao invés de ser um instrumento incrível de poder, o Shofar manteve-se um símbolo da tradição infrutífera.

Siga esse raciocínio com muito cuidado …. O poder do Shofar pode ser expressado quando o conhecimento de sua verdadeira finalidade é instaurado dentro de nossa consciência. Em outras palavras, saber por que sopramos o Shofar é a forma de ligar a corrente elétrica.

Conhecimento dá poder ao Shofar!

Então, o que é o Shofar, você se pergunta?

Boa pergunta. (E eu estou feliz e muito impressionado que você ainda está lendo.)

Em essência, é uma arma que vem direto de Star Wars – não o filme, mas o programa militar dos EUA: a Iniciativa de Defesa Estratégica. (Agora tente explicar esse conceito há alguns milhares de anos atrás. Alguma surpresa porque a Kabbalah foi chamada de misticismo?!)

Na década de 1980, durante o mandato de Ronald Reagan como presidente dos EUA, o exército americano planejou um sistema de defesa que pode efetivamente evitar que um míssil nuclear atinja seu alvo. A estratégia envolveu vários satélites a laser que orbitam o planeta que podem derrubar qualquer mísseis lançados contra os EUA.

Em termos espirituais, os mísseis nucleares correspondem aos decretos de julgamento vindo em nossa direção. Os bumerangues! E nós somos os alvos – ou, mais especificamente, os alvos são os bloqueios negativos (puf!) que são incorporados em nossa alma como resultado de nosso comportamento egocêntrico em todo o ano anterior.

Para recapitular, cada vez que reagimos durante o ano passado, criamos um bloqueio, um sensor remoto para que os “bumerangues do juízo” possam encontrar seu alvo durante o Rosh Hashaná.

Os “julgamentos” são como um sensor de calor dos mísseis que detectam seu alvo. Ao contrário dos satélites militares de laser que explodem os mísseis, o Shofar é ainda melhor e remove os alvos propriamente ditos! Em outras palavras, o Shofar bane todos os bloqueios desagradáveis e alvos de dentro do nosso ser.

Agora, os mísseis não têm para onde ir! Eles não podem detectar seus alvos porque seus alvos foram removidos! Vamos examinar ainda mais essa idéia.

ARMA A LASER

O som que emana do shofar funciona como um feixe de laser espiritual que dissolve todos os bloqueios de energia negativa que criamos ao longo dos 12 meses anteriores. Assim como um ultra-som dissolve as pedras nos rins desagradáveis que causam uma dor excruciante.

Estes bloqueios que inserimos em nós mesmos são o que atraem o julgamento/mísseis. O som místico do Shofar atua como um agente de limpeza, uma vibração de ultra-som místico que permeia cada fenda em nosso ser, removendo resíduos negativos e purificando a nossa alma. Uma vez que estes bloqueios são removidos, os julgamentos perdem seus alvos.

Wooosh, e os mísseis passam bem acima das nossas cabeças, não atingindo o alvo!

Destruindo as provas

Outra forma de compreender a função do Shofar é por meio de uma analogia seguinte: Imagine-se como um réu em um tribunal. Você está contra um promotor público qualificado. A única missão dele é obter um veredicto de culpa contra você, e ele possui todas as provas necessárias para conseguir sua sentença de culpado.

Mas suponha que você possa destruir todas as provas dele. Imagine se você pudesse acabar com todos os depoimentos e todas as provas, e queimar toda a documentação que apóiam e provam o seu caso.

Isto é precisamente o que o som do shofar realiza nos Mundos Superiores!

Se formos sinceros ao mudar nossos caminhos, então, esse compromisso verdadeiro, junto com as explosões do Shofar, literalmente destroem todas as provas contra nós.

O advogado de acusação do escritório de advocacia infame Satan & Satan perde seu caso. Ele está diante da lei universal de causa e efeito, sem um pingo de provas.

Caso encerrado!

Satan

ENTRETANTO…

Há dois pré-requisitos:

1. Um genuíno desejo de transformar e mudar nossos caminhos é uma das forças que ativa o poder do Shofar. Se não quisermos realmente mudar, o som é inútil

2. Se não temos total certeza e convicção no conhecimento sobre o poder do Shofar, nossas dúvidas se tornarão uma profecia auto-realizável. Rosh Hashaná continua a ser a mesma tradição antiga que tem sido por milhares de anos – uma tradição chata e irrelevante para até 99% do mundo.

PORTANTO…

Se você gostou do que leu até agora, agora você pode ir além e aprender um pouco mais.

Lembre-se, cada nova sabedoria que você adquirir, é também a própria substância da Luz espiritual em si. Assim, quanto mais você souber, mais você irá prosperar durante o evento!

Então desligue seu telefone celular por mais 2 minutos, desconecte seu e-mail, ignore as mensagens de texto e do homem dos Correios na porta, e venha descobrir alguns segredos mais impressionantes sobre este acontecimento cósmico antigo…

NÃO SE TRATA DE UM NOVO ANO

Então, qual é a confusão sobre Rosh Hashaná ser um Ano Novo? Esta parte é um pouco mais complicado então leia com atenção.

CÓDIGO NO TEMPO

Rosh Hashaná não é o ano novo, como geralmente se acredita, mas é a cabeça ou a semente do ano.

“Rosh” significa “cabeça”, indicando esta é a cabeça de um ano.

Pense nisso dessa forma: assim como uma semente de maçã gera uma macieira, uma semente negativa gera um ano negativo.

Da mesma forma, uma semente positiva gera um ano positivo. Rosh Hashaná é a nossa oportunidade de escolher a semente que desejamos plantar para o nosso próximo ano. Assim como a sua cabeça e cérebro controla todo o seu corpo, o Rosh Hashaná controla o ano inteiro. Rosh Hashaná é a semente do ano.

Quanto mais difícil nós trabalhamos em mudar nossos caminhos e removendo os nossos traços negativos, maior a energia positiva que injetamos na semente. Então, a semente do ano germina com frutos de paz e prosperidade, ao invés de caos e conflito.

Por esta razão, o Rosh Hashaná ocorre no primeiro dia do mês hebraico conhecido como “Tishrei”.

Embora este mês seja o sétimo mês do ano no calendário hebraico, ele é conhecido como o chefe de todos os meses – ou a cabeça de todos os meses.

O Shofar nos ajuda a esclarecer esta ligação. (Atrevo-me a adivinhar que não há um rabino no planeta que saiba o que você está prestes a aprender sobre o Shofar e sobre Rosh Hashaná ser a cabeça do Ano, e não no ano novo).

O Shofar é realmente um chifre de carneiro, tirada da cabeça de um carneiro.

Por que um carneiro?

carneiro

O carneiro é o signo de Áries, do mês hebraico de Nissan, que representa o verdadeiro ano novo no calendário hebraico.

Então, de certa forma, nós realmente nos conectamos com o conceito de ano novo, mas fazemos isso na Cabeça do Ano, ou em um nível de semente.

Isso foi um pouco complicado? Penso que sim. Vamos tentar de novo …

• Nós temos o poder do Ano Novo – representado pelo chifre de carneiro e do mês hebraico de Áries ou Nissan, que é o verdadeiro ano novo.

• E nós temos a cabeça do ano, representado pelo mês hebraico de Tishrei e do fato de que o shofar vem da cabeça do carneiro.

Uma dúzia de explosões do Shofar, juntamente com o nosso esforço de verdadeira transformação de nossos traços negativos, nos dá o poder para assumir o controle sobre toda a criação no que se refere às nossas vidas. Nós controlamos a semente, o cabeça de todo o ano. E nos elevamos acima das influências das estrelas e dos planetas.

Curiosamente, esta data específica do Primeiro de Tishrei está secretamente codificada na Bíblia na primeira palavra – “Beresheet” – que significa “No início” Se você reorganizar as letras hebraicas que compõem a palavra “Beresheet” que você vai encontrar a frase “Primeiro de Tishrei.” Que legal!

No meu próximo artigo, vamos ir um pouco mais fundo ao descobrir como Rosh Hashaná pode prevenir ataques cardíacos, derrames, altos níveis de colesterol ruim e, no processo, gerar a paz no mundo ao mesmo tempo. Vamos descobrir algumas conexões interessantes entre o chifre de carneiro e da traquéia do corpo humano.

Se você está pronto para Rosh Hashaná – Parte 2, clique aqui

http://estudantesdekabbalah.com/2012/09/11/rosh-hashana-parte-2